Os nove estados do Nordeste apresentaram, durante a COP30, o Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica, uma agenda climática integrada construída para acelerar o desenvolvimento sustentável da região. O anúncio foi feito em Belém, em meio às discussões globais sobre clima e transição energética.
O plano reúne 47 propostas e 324 ações prioritárias, elaboradas de forma colaborativa com movimentos sociais, comunidade científica, povos e comunidades tradicionais, setor produtivo e gestores públicos.
Segundo o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles, a estratégia coloca os biomas regionais no centro da transformação econômica. “A Caatinga, o Cerrado, todos são biomas muito presentes no Nordeste e têm um potencial enorme na bioeconomia. Além de sermos líderes em energias renováveis no Brasil, temos a maior capacidade para a transição energética e para a bioeconomia”, destacou.
Fonteles explica que o plano também engloba ações de economia circular, infraestrutura verde e adensamento tecnológico, estruturando uma visão integrada para o futuro ecológico da região.
Meta global de energias renováveis e valorização da Caatinga
O plano incorpora a meta internacional de triplicar a capacidade instalada de energia solar e eólica até 2030, alinhando os estados nordestinos aos compromissos globais de descarbonização.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, ressaltou o papel estratégico da Caatinga — bioma exclusivamente brasileiro — que responde por mais de 50% da captura e armazenamento de carbono no país. “A Caatinga tem uma sociobiodiversidade extraordinária, com potencial para fármacos, gastronomia e novas cadeias produtivas. Dela é possível garantir sustento saudável para milhares de famílias. Por isso, insistimos na política de financiamento”, afirmou.
Acesso público ao plano
O Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica está disponível na íntegra no Instagram do Consórcio Nordeste: @consorcionordeste.brasil.
