A prefeitura de Belém espera economizar R$ 1,1 milhão ao ano com a instalação, em breve, de painéis solares em duas unidades de saúde e duas escolas municipais da cidade. A iniciativa é fruto de parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
O acordo prevê fornecimento, instalação e manutenção dos painéis, sem custos para a prefeitura, nas unidades de saúde da família Guamá e nas escolas municipais Pedro Demo e Helder Fialho, ambas no distrito Outeiro.
“Hoje, ao firmar essa parceria em uma área tão importante como a energia renovável, damos um passo para gerar economia aos cofres públicos, promover a sustentabilidade e contribuir para a preservação do nosso clima”, disse o prefeito Igor Normando.
Em nota, a prefeitura explicou que as quatro unidades contempladas com os painéis solares foram selecionadas com base em dois no volume de consumo energético e no atendimento à população em situação de vulnerabilidade.
A unidade de saúde Guamá, por exemplo, foi escolhida por ter maior número de atendimentos à população e, consequentemente, o maior consumo de energia elétrica. As duas escolas, no distrito Outeiro, foram selecionadas por atender também os refugiados venezuelanos da comunidade indígena Warao que buscam refúgio no Brasil.
Acnur
A parceria tem validade inicial de dois anos, podendo ser renovada, e servirá de base para planos de trabalho conjuntos, garantindo a implementação de políticas públicas inclusivas e ampliação do acesso a serviços essenciais à população em situação de vulnerabilidade. A assinatura do acordo também marca o início da parceria entre a Acnur e a empresa chinesa Longi, fabricante dos equipamentos destinados à produção de energia solar e com um vasto trabalho na área de sustentabilidade e ESG.
O representante do Acnur no Brasil, Davide Torzilli, confirmou presença da entidade na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém, em novembro deste ano.
“É preciso que refugiados integrem os debates sobre justiça climática, trazendo seus pontos de vista, para contribuir com as discussões globais a partir da realidade local. Sua inclusão fortalece os serviços públicos e gera benefícios concretos para toda a comunidade, promovendo sociedades mais resilientes e inclusivas”, afirmou.
