A Suframa promoveu, nesta quinta-feira, 06.11, uma exposição com mais de 50 estandes e a participação de quase 40 instituições, reunindo empresas, startups e instituições de pesquisa em torno da inovação amazônica.
O evento integra a programação paralela do 2° Encontro do Ecossistema de Inovação da Amazônia Ocidental e Amapá, que ocorre até sexta-feira amanhã, no Hall da Autarquia, apresentando os principais resultados de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da região.
Entre os destaques, a Hilab (Hi Technologies) — healthtech presente em 15 países — apresentou sua tecnologia para exames clínicos rápidos, com resultados em até 30 minutos.
Segundo o diretor de Relações Institucionais e Governamentais, Júlio César Félix, a empresa avalia instalar uma fábrica de insumos em Manaus, com estudos em fase avançada.
“Nossa tecnologia complementa o laboratório convencional e leva diagnósticos a locais onde ele não chega, como aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas”, destacou.
A Transire, fabricante de terminais de pagamento instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM) desde 2015, apresentou soluções voltadas ao gerenciamento remoto e seguro de equipamentos.
A diretora de PD&I, Solange Perales, explicou que as plataformas desenvolvidas — como o MDM e o FastDev — garantem maior controle, interoperabilidade e eficiência no sistema nacional de pagamentos.
Outro destaque foi o projeto Voice2Sign, do Instituto Eldorado, que utiliza inteligência artificial para traduzir voz e texto em língua de sinais, promovendo acessibilidade e inclusão para pessoas surdas ou com deficiência auditiva.
“Queremos tornar a comunicação mais acessível para todos”, afirmou Anderson Souza, integrante do instituto, lembrando que a solução já foi apresentada na ONU, no evento AI for Good.
Na área da bioeconomia e do agronegócio, a startup ArrobaTec, investida pela Positivo, apresentou o Fish Trader, ferramenta que ajuda produtores a identificar o melhor momento para comercializar peixes com base em dados de lucratividade.
“Estamos desenvolvendo testes em parceria com pisciculturas da região Norte e órgãos estaduais como a Sepror”, explicou Natália Flor, gerente de P&D.
Produtos sustentáveis e inovação amazônica
O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pelo Idesam, exibiu uma vitrine de produtos sustentáveis com foco na agregação de valor à biodiversidade amazônica: bioplásticos feitos de caroços de tucumã, bolsas e carteiras de couro de pirarucu, cosméticos à base de cupuaçu e biofertilizantes de açaí.
“Esses produtos já estão disponíveis no mercado e refletem o potencial de transformar recursos amazônicos em inovação e desenvolvimento sustentável”, destacou Thalissa Mayra, assistente de projetos do PPBio.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, reforçou o papel da exposição como vitrine de resultados e incentivo a novas parcerias:
“O objetivo é tornar transparentes os investimentos em PD&I já realizados, estimular novos aportes e facilitar a concretização de acordos e negócios entre os atores do ecossistema de inovação da região.”
